
A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) convocou representantes da rede social X para prestar esclarecimentos sobre as novas diretrizes de privacidade, que permitirão o uso de dados e publicações dos usuários para o treinamento da inteligência artificial Grok, desenvolvida pela própria empresa. Com a política entrando em vigor no próximo dia 15 de novembro, a ANPD exige maior transparência e avalia possíveis riscos aos direitos dos titulares.
A convocação, anunciada no último dia 21, é parte de uma investigação que a ANPD conduz desde julho, com o objetivo de verificar se o uso de dados para alimentar a IA da rede está em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A autarquia já declarou que, caso sejam identificados riscos significativos à privacidade dos usuários, novas medidas poderão ser adotadas.
A empresa tem até o dia 4 de novembro para fornecer respostas completas sobre o caso. De acordo com a ANPD, qualquer ausência de resposta ou obstrução à fiscalização será considerada uma infração grave, potencialmente sujeita a penalidades.
Como o Modelo Grok Usa Dados
Descrito pela empresa como uma "IA de última geração", o Grok-2 foi projetado para realizar tarefas que simulam interações reais, incluindo a recuperação e análise de informações contextuais, identificação de dados úteis e descarte de postagens irrelevantes. Segundo a rede social, o modelo possui uma capacidade avançada de aprendizado, o que permite o aperfeiçoamento contínuo de suas respostas.
Apesar dessa proposta de inovação, a ANPD destaca a importância de garantir que tais tecnologias respeitem as normas de proteção de dados, evitando qualquer uso abusivo ou não consentido das informações dos usuários.
ANPD e Precedentes no Uso de Dados para IA
Esta não é a primeira vez que a ANPD age para garantir a proteção de dados no contexto de treinamentos de IA. Em julho deste ano, a autoridade cobrou explicações da Meta, controladora das redes Facebook, Instagram e WhatsApp, sobre mudanças em sua política de privacidade que também envolviam a utilização de dados para alimentar sua IA generativa, a Meta.AI. Na ocasião, a Meta foi obrigada a suspender o uso de dados de usuários brasileiros até que fosse adicionada uma opção para que os usuários pudessem recusar o uso de suas informações para treinamentos de IA.
A ANPD continua monitorando o uso de dados para treinamentos de IA no Brasil, em um cenário onde a demanda por profissionais especializados em inteligência artificial cresceu exponencialmente nos últimos anos.
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