Itália bloqueia DeepSeek por violação à privacidade: alerta para empresas que lidam com dados sensíveis
- Marketing Fora de Série
- 25 de abr.
- 3 min de leitura

A Autoridade de Proteção de Dados Pessoais da Itália (GPDP) deu um passo firme e urgente no cenário europeu de privacidade digital ao bloquear o funcionamento do chatbot chinês DeepSeek no país. A medida, de efeito imediato, reforça o compromisso da Europa com a proteção dos dados pessoais de seus cidadãos, e acende um alerta importante para empresas ao redor do mundo: não estar fisicamente presente em um país não exime a responsabilidade sobre o tratamento de dados de seus cidadãos.
Segundo a GPDP, a investigação teve início após questionamentos formais sobre a forma como o DeepSeek coleta, armazena e trata os dados dos usuários. As respostas fornecidas pelas empresas responsáveis, Hangzhou DeepSeek AI e Beijing DeepSeek AI, foram consideradas "totalmente insuficientes". Ambas alegaram que não operam diretamente na Itália e, portanto, não estariam sujeitas à legislação europeia de proteção de dados.
A autoridade italiana não acatou esse argumento. Com base no Regulamento Geral de Proteção de Dados da União Europeia (GDPR), determinou a limitação total das atividades da plataforma no território nacional. O app foi retirado das lojas digitais da Apple e do Google na quarta-feira, e uma investigação formal foi aberta.
Além da Itália, autoridades de proteção de dados da França e da Irlanda também exigiram esclarecimentos do DeepSeek. A crescente atuação desses órgãos demonstra que o continente europeu está atento às novas tecnologias que envolvem inteligência artificial e coleta massiva de dados. Isso se conecta diretamente à missão da Omnisblue: promover um ecossistema digital mais seguro, transparente e em conformidade com a LGPD e demais legislações internacionais.
A situação é semelhante a casos recentes, como o da plataforma Worldcoin, que teve de excluir dados biométricos na União Europeia por ausência de base legal válida. Isso mostra que a coleta e o tratamento de dados sensíveis, como informações biométricas, histórico de interações ou padrões comportamentais, requerem não apenas transparência, mas também responsabilidade jurídica clara e demonstrável.
Ainda que o caso envolva uma plataforma estrangeira, os reflexos são diretos para negócios no Brasil que atuam online, coletam dados ou oferecem serviços digitais a usuários fora do país. A extraterritorialidade da LGPD e do GDPR permite que sanções e fiscalizações aconteçam mesmo que a empresa esteja sediada em outro território.
Empresas brasileiras que operam no ambiente digital, especialmente com tecnologias emergentes como inteligência artificial, precisam:
Ter transparência nas políticas de privacidade;
Garantir bases legais válidas para cada tipo de dado tratado;
Estar preparadas para responder às autoridades com provas claras de conformidade;
Desenvolver programas internos de governança em proteção de dados.
O bloqueio do DeepSeek pela Itália é mais do que um episódio isolado, é um lembrete do quanto a governança de dados se tornou uma prioridade estratégica para qualquer negócio digital. A confiança do usuário está diretamente ligada ao compromisso da empresa com a segurança, o respeito à privacidade e a conformidade legal.
Na Omnisblue, acompanhamos de perto os movimentos globais na área de proteção de dados e ajudamos nossos clientes a navegar com segurança, eficiência e transparência nesse cenário em constante evolução. Privacidade não é uma barreira para inovação, é a base que sustenta um futuro digital mais responsável.
Sua empresa está pronta para responder às exigências da LGPD e evitar sanções como as vistas no caso DeepSeek? Nós oferecemos soluções completas em conformidade e governança de dados. Fale com nossos especialistas e descubra como proteger seu negócio e ganhar a confiança dos seus clientes.Entre em contato agora e transforme a privacidade em vantagem competitiva!
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